Descobrindo o amor de Deus através da santificação
No Breve Catecismo de Westminster, logo na primeira pergunta,
nos é informado de que não somos autônomos. Extraímos duas lições dela, a
primeira é que não viemos de uma espécie de animal, como sugere os famosos
“gênios” da ciência. Ao afirmar as verdades acerca da própria bíblia, chegamos
numa conclusão lógica de que ela é a palavra de Deus. E em segundo lugar,
fundamentado biblicamente na primeira verdade, defendemos que nós fomos criados
por Deus, a sua imagem e semelhança (Gn 1:26).
A questão que emana desta pergunta é que não fomos criados
para viver por sorte. Fomos criados para glorificar o nosso criador, entregando
nosso corpo como sacrifício vivo, para que ele cresça e que nós diminuamos cada
vez mais. Essa questão nos impulsiona para mais perto do nosso Deus. E
examinando as Escrituras, nosso pecado fica cada vez mais visível, assim como
na alegoria de John Banyan, quando o peregrino leu o livro e percebeu que
carregava um grande fardo e que era “receoso de que aquele fardo que
carregava nas costas o fizessem descer mais fundo que a sepultura e ele caísse
no inferno”. As Escrituras quando lida contra nós, revelando nossos pecados
e mostrando o quão desesperado é o nosso coração, é a melhor maneira de nos
voltarmos para Deus. O pecado revelado aponta para uma necessidade de um
salvador.
Quando o homem caiu em pecado, a imagem de Deus não foi totalmente
retirada dele. Ele ainda compartilha de alguns atributos de seu Criador e,
quando regenerado pelo poder do Espírito Santo, algumas faculdades são
restauradas. Quando o Espírito Santo aplica nele a obra justificadora de Cristo
ele é, imediatamente, apresentado diante de Deus como justo. Isso é estudado na
teologia sistemática como justificação Forense. O pecador é declarado justo
diante de Deus por meio de um pagamento que alguém fez em seu lugar. No nosso
caso, o Santo Espírito, quando da regeneração, aplica de uma vez por todas a
obra substitutiva de Cristo em nós. Logo, a justificação é um ato monegista,
onde só um trabalha – Deus.
Chamo sua atenção agora para algo fundamental, a
santificação, como sendo tão importante quanto a justificação. Em João 17:17
lemos: “Santifica-os na verdade; a tua parava é a verdade”. E em 1 Ts
4:3 “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação”. Esses dois textos
são como uma orquestra sinfônica, em locais distintos, mas com uma harmonia
única. Diferente da justificação, a santificação é uma obra de coordenação mútua,
onde o homem coopera para que ela seja possível. Mas isso é, sem dúvida, uma
virtude espiritual. Como foi citado a cima, quando somos chamados de volta para
Deus devemos nos lembrar das instruções de Paulo para com os tessalonicenses: “Portanto
Deus não nos chamou para a impureza, e, sim, em santificação” (1 Ts 4.7). O
autor aos Hebreus escreve: “Segui a paz com todos, e a santificação sem a
qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Por fim, que o Espírito Santo habite ricamente em sua mente,
e como resultado de uma vida santificada você possa glorificar a seu Criador.
Pois esse foi o fim para o qual eu e você fomos criados: SOLI DEO GLORIA.
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